Giovanni di Pietro di Bernardone, o Francisco, nasceu em Assis, na Itália, sua data de nascimento seria 5 de julho de 1182, porém não se pode afirmar com precisão que seja exatamente esta data. Seu pai, Pedro Bernardone era um rico e vaidoso comerciante local, sua mãe, Pica Bernardone, de origem francesa, era uma bondosa mulher, fervorosa na fé cristã.
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De seu pai, Francisco aprendeu a profissão de comerciante, além de riqueza, adquiria no seu coração o desejo de ser famoso e integrar-se a nobreza da cidade.
De sua mãe, vinha os ensinamentos cristãos, a bondade e a fé no Senhor Jesus, que mais tarde iriam florescer fortemente no coração de Francisco.
Francisco era um jovem rico, alegre e vaidoso, gostava de festas e músicas, por isso, era fácil encontrá-lo em banquetes e festas noturnas, além de fazer serenatas para as damas da cidade. Com isso, tornou-se logo um ídolo entre os jovens da região.
Sua ânsia por nobreza o fez voluntariar-se nas guerras locais. Durante uma guerra tornou-se prisioneiro, onde por um ano de reclusão conseguiu refletir sobre sua vida, foi um importante passo para a sua conversão.
Durante este período, Francisco perderá o entusiamo pelas festas e eventos dos jovens da cidade, porém, permanecia em seu coração o desejo de pertencer a nobreza da cidade. Isto lhe fez voluntariar-se para participar de mais uma guerra.
A caminho da batalha, enquanto dormia, pareceu-lhe conversar com o próprio Senhor, que lhe questionara:
– Francisco, o que é mais importante, servir ao Senhor ou servir ao servo?
– Servir ao Senhor, é claro! – respondeu o jovem.
– Então, por que te alistas nas fileiras do servo?
– Senhor, o que quereis que eu faça?
– Volta a Assis – lhe diz a voz – e ali te será dito
Francisco retornou para Assis e frustou os poderosos da cidade, dentre eles seu pai, que acreditava que este era o caminho para que seu filho ganhasse influência entre os nobres da cidade.
A fama, as festas e a nobreza, que até então pareciam dar sentido a vida de Francisco, já não lhe interessavam mais, sua busca agora era a resposta a pergunta: "o que Deus quer de mim?".
Com isso Francisco começou a optar pela oração, meditação, percorrendo lugares mais tranquilos, como os campos ao redor de Assis.
Esta indagação o levou até Roma, lá depositou uma generosa oferta de moedas de ouro diante do túmulo de São Pedro e trocou suas ricas vestes com a de um mendigo que encontrara na rua.
Ao retornar para Assis, surgia em seus pais a indagação se Francisco estaria perdendo o juízo.
Enquanto isso, o jovem continuava a ajudar os pobres da cidade. Seu grande feito, foi beijar um leproso que encontrara pelo caminho, diante disto afirmou: “O que antes me era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus”.
Diante do crucifixo de São Damião, na capela de mesmo nome que estava em ruínas, a voz do Senhor lhe pediu que reconstruísse aquela pequena igreja.
Francisco, tomou parte da mercadoria que havia na loja de seu pai, vendeu-a e entregou ao padre para que reformasse aquela capela.
Isto causou uma fúria enorme em seu pai que o aprisionara em casa, acusando-o de loucura. Mais tarde, sua mãe, as escondidas, cheia de compaixão o libertou e Francisco fugiu, foi mendigar o seu sustento e contribuições para as reformas das igrejas da cidade.
Seu pai, após todos os esforços, resolveu denunciar Francisco, exigindo que o jovem lhe devolvesse tudo o que havia gastado em doações às igrejas e aos pobres.
Durante o julgamento em praça pública, Francisco despiu-se, jogou suas vestes e o dinheiro aos pés do pai e exclamou: "Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro pai, senão o Pai Celeste”.
Francisco ganhou o desprezo de muita gente da cidade, mas conquistou a admiração de outros, dentre eles, alguns que resolveram o seguir nesta vida despojada de bens materiais e pautada no seguimento do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Após restaurar a última igreja que precisava de reparos na região de Assis, Francisco percebeu que deveria restaurar, não mais igrejas de pedra, mas sim a Igreja de Cristo que estava dividida pela ambição dos religiosos daquela época.
Francisco começou a ganhar cada vez mais admiradores e seguidores, dentre eles alguns ricos que se despojavam de seus bens, doando-os aos pobres para seguir Francisco.
Em 1209, Francisco viajou para Roma afim de ganhar aprovação do Papa para sua missão, o Papa Inocêncio III, recebeu o maltrapilho mendigo Francisco, graças a intervenção do Bispo de Assis, que coincidentemente (ou providencialmente) se encontrava em visita ao Santo Padre naqueles dias.
Admirado com a vida de pobreza de Francisco e seus seguidores e a dedicação total ao Santo Evangelho, o Papa reconheceu que aquela era uma obra do próprio Deus, desta forma a aprovou, abençoou e autorizou Francisco e seus seguidores a pregarem nas Igrejas e fora delas pelo mundo afora. Nascia ali a Ordem dos Franciscanos.
No dia 14 de setembro de 1224, na Festa da Exaltação da Santa Cruz, durante sua meditação, teve a visão de um Serafim, naquele instante Francisco sentiu abrir-se feridas em seu corpo como os estigmas do próprio Cristo, com elas conviveu o resto de sua vida, estas feridas lhe causaram muitos sofrimentos físicos.
Cantando “mortem suscepit”, no dia 3 de outubro de 1226, Francisco cumpriu sua missão nesta terra e partiu para junto do Pai Celestial. No dia 4 de outubro, foi sepultado nu, conforme seu pedido, na Igreja de São Jorge, na cidade de Assis.
Dia 16 de julho de 1228, menos de dois anos depois, o Papa Gregório IX foi pessoalmente a Igreja de São Jorge para canonizar aquele homem que se tornara o padroeiro dos animais e um exemplo de vida despojada de qualquer riqueza material, porém de imensurável dedicação ao Evangelho de Cristo, o São Francisco de Assis.
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São Francisco de Assis, rogai a Deus por todos nós!
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