Nossa história começa no mês de outubro do ano de 1717, há quase 300 anos atrás, num pequeno povoado chamado Guaratinguetá.
Os líderes deste pequeno povoado receberam a notícia de que iriam receber a visita de uma ilustre pessoa. Era o governador de São Paulo e Minas Gerais, o Conde Assumar.
Ele estava em viagem e deveria posar naquele vilarejo com toda a sua comitiva de viagem que era composta de muitas pessoas.
Foi então, que três pescadores, João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia receberam uma nobre missão.
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Eles deveriam fazer uma grandiosa pesca para oferecer um farto banquete ao governador e a todos que o acompanhavam na viagem. O que sobrasse dos peixes o governador levaria para se alimentar no caminho durante a viagem.
Esses três pescadores sabiam que essa missão seria muito difícil, pois a época não era boa para a pesca, o rio não estava para peixe.
Mas eles não podiam contrariar uma ordem recebida, então, dentro de seu pequeno barco lançaram a rede nas águas do exuberante Rio Paraíba do Sul.
Foram muitas tentativas e nada de peixe, muitas vezes aqueles três pescadores recolheram e jogaram a rede naquelas águas, mas realmente o dia não estava para peixe.
Muito tristes e frustrados, aqueles homens já não tinham mais esperança e pensavam em desistir.
Mas eles tinham algo de especial... Eram devotos de Nossa Senhora, a Mãe de Jesus.
E quando eles achavam que nada podiam fazer, lembraram que tudo eles podiam pois contavam com o poder da oração.
Foi então que eles rezaram pedindo a ajuda da Mãe de Jesus, a Nossa Senhora.
E mais, mesmo sem esperança alguma, resolveram, fazer uma última tentativa e jogaram a rede ao rio.
Opa! Desta vez eles perceberam que havia algo na rede.
Porém, para surpresa deles era apenas uma pequena imagem... Era uma imagem de Nossa Senhora, feita de argila e já escurecida pelo tempo em que permanecia embaixo das águas.
A primeira vista, isto poderia não significar nada, afinal a imagem estava sem a cabeça, era somente o corpo e peixe que é bom, eles não tinham pescado nenhum.
Mas eles insistiram mais uma vez, jogaram a rede novamente e... o milagre estava para acontecer... mais uma vez algo caiu na rede.
Era uma pequena cabeça de uma imagem. Ao tentar encaixar aquela pequena cabeça no corpo encontrado alguns minutos uma maravilhosa surpresa.
A cabeça se encaixou perfeitamente no corpo. A imagem de NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO estava inteira nas mãos daqueles três pescadores.
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Aqueles homens começaram a perceber que algo diferente estava acontecendo. Eles haviam rezado para Nossa Senhora, e “pescaram” a Própria em suas redes. Na imensidão daquele rio era algo surpreendente alguém poder retirar das águas dois pedaços de um mesmo objeto de pequeno tamanho. Este já era um grande milagre.
Mas eles ainda não tinham peixe.
Resolveram então jogar mais uma vez a rede nas águas.
Opa! Novamente eles perceberam que havia algo na rede. Desta vez não era um pequeno objeto, pois a rede estava muito pesada. Foi difícil tirá-la das águas e quando conseguiram puxar para o barco, descobriram que haviam feito a maior pesca das suas vidas.
O MILAGRE DE NOSSA SENHORA APARECIDA (DAS ÁGUAS) HAVIA SE REALIZADO.
Muito mais do que uma história, esse é a resposta de Nossa Senhora, Mãe de Jesus, a um pedido de socorro vinda de um povo sofrido que padecia da ajuda Divina. Maria, mãe de Jesus, quis literalmente se mostrar presente na vida daqueles que a Ela recorriam. Assim como seu Filho, Ela não escolheu berço de ouro ou um aparecimento majestoso, mesmo sendo a Rainha do Céu e da Terra, a humilde Mãe se faz presente numa simples imagem de argila saída das águas turvas de um rio indo parar nas mãos de humildes pescadores.
Desde seu aparecimento os milagres não pararam de acontecer, a própria pesca da imagem já se revela um grande milagre, somente olhando para o Rio Paraíba é possível imaginar a dificuldade que seria encontrar dois pedaços de um mesmo objeto na imensidão daquele rio de águas agitadas, mas logo em seguida acontece a pesca milagrosa concretizando a resposta a oração daqueles pescadores.
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Maria poderia simplesmente “responder” ao pedido daqueles homens, concedendo-lhes uma farta pesca, mas Ela quis mais. Ela quis se fazer presença não só na vida daqueles homens, mas ser presença na vida de todo um povo que necessitava de um olhar caridoso de Mãe e hoje este olhar se estende a toda a nossa Nação. Se Nossa Senhora não tivesse aparecido naquela pequena imagem o milagre não teria tanta repercussão, somente os pescadores seriam testemunhas daquela pesca e alguns poucos iriam acreditar naquilo que eles relatassem.
Através da pequena imagem aparecida nas águas turvas do rio, a Mãe de Jesus se faz presença amorosa pronta para acolher cada filho(a) que a procura e que recorre a sua poderosa intercessão, sim, Maria é a intercessora, Ela leva nossos pedidos ao Filho, que obediente a mãe nos concede as graças que mais necessitamos.
“Fazei tudo o que Ele vos disser! ”, essa frase de Maria nos revela que Ela mesma exalta o Filho, não há dúvida, Jesus é o único caminho que leva ao Pai, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai, senão por mim!”, mas Maria é o melhor atalho para chegar a Jesus. Foi Maria quem nos trouxe Jesus.
A resposta de Jesus “minha hora ainda não chegou” diante do pedido de mãe que se compadecia com os noivos que não tinham mais bebida para oferecer aos convidados e logo em seguida a realização do primeiro milagre de Jesus Cristo, transformando a água em vinho nos revela a importância da intercessão de Maria. O primeiro milagre de Jesus só aconteceu porque Maria intercedeu e o Filho obedeceu.
Maria continua com esse olhar bondoso, preocupada com as necessidades de cada filho seu. Nós somos seus filhos: “Jesus, vendo sua mãe e perto dela o discípulo que Ele amava, disse a sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo ‘Eis aí tua mãe!’”.
O “discípulo que Ele amava” atribui-se a cada um de nós. Somos convidados pelo Cristo a ser seus discípulos e Ele nos ama. Portanto, com este gesto, pregado na Cruz, Jesus proclama Maria a nossa mãe: “Eis aí tua mãe!”
Cada romeiro que vai até o Santuário Nacional de Aparecida consegue sentir em seu coração a presença acolhedora de Mãe, mesmo diante da multidão de pessoas que passam por lá é possível sentir uma paz interior, um consolo diante das dificuldades e uma resposta singela a cada pedido que fazemos, como se dissesse “Eu estou te ouvindo!”.
Portanto, não hesite, nós temos uma Mãe que ouve e acolhe cada necessidade de de seu filho, nós temos uma Padroeira que constantemente intercede ao Filho em benefício do nosso Brasil. Peça a Mãe, que a Mãe leva ao Filho. O Filho obediente sempre atende um pedido caridoso de Mãe.
Nossa Senhora Aparecida, rogai a teu filho Jesus por cada um destes que confiam e recorrem a Vós!